Educação Somática Existencial

1.Um modo muito diferente de viver o corpo.
Aprender o movimento consigo mesmo, explorar o potencial das sensibilidades, dos ritmos, das variações de tonus, dos programas neurais inatos, valorizar a funções afetivas da respiração, considerar as emoções como forças da natureza em nós, avaliar, nas nossa transformações corporais ou nos nossos incômodos e disfunções, os efeitos dos acontecimentos em nós.
Pessoalizar-se, fazer do seu jeito, insistir na prática para que a suas possibilidades, o seu jeito, você mesmo apareça fazendo o gesto, vivendo a sua experiência no mundo e, quem sabe, até mesmo, sendo um pouco autor de seu próprio destino encarnado, neste mundo.
Uma arte de viver, não uma arte de galeria ou de palco, mas uma estética de si, uma prática de si, uma busca de fazer funcionar juntos na ação, o corpo, a emoção, a mente.

Um saber que nos chega de algum lugar que o corpo já não é mais um objeto da consciência, que o corpo é um processo, que o corpo está continuamente se fazendo.
Uma resposta às pedagogias e às medicinas que nos dizem como sentir, como fazer, como viver e como entender o que acontece conosco.
Muita gente já reconhece nessa pequena montagem de palavras, expressões ,frases e afirmações que acabei de fazer, algumas das características de um certo conceito que se tem hoje de saúde e de qualidade de vida.

2.Alguns flash- backs:
Europa ,meados do século 19.
Trazida por uma forte onda de desenvolvimento tecnológico, surge a nova sociedade industrial.
Essa virada remodelou completamente a tradição cultural e artística vigente, as concepções de forma e linguagem, os valores, a aparência das ruas, das casas e seus interiores, das pessoas e do novo uso que passam a fazer de seus corpos, para produzir e incorporar todas essas mudanças.

A Inglaterra é hegemônica, nesse contexto de poder
E oss efeitos de suas políticas coloniais se fazem ver.
Os exércitos coloniais e os pesquisadores das grandes universidades trazem o Oriente para dentro das sociedade européia toda a arqueologia das grande civilizações, com seus corpos e deuses.
Mas, principalmente, são os budismos – indiano, chinês e japonês – que terão uma influencia definitiva na construção da imagem corporal do homem ocidental em relação às mudanças sociais que se seguirão.
Darwin promove a maior reviravolta na auto-imagem do homem desde o inicio de sua história, retirando de cena, de uma vez por todas, o Criador e apresentando o homem à sua animalidade e capacidade adaptativa, fazendo-o ver, em seu corpo, a continuidade dos corpos dos seus parentes animais.
É o fim de uma lógica de causa e efeito, do Deus relojoeiro, da separação cartesiana de corpo e espírito, do poder monárquico.
Algo descentrado, sistêmico e vertiginoso se anuncia, com o modelo da produção industrial.
Marx apresenta imagens da grande miséria dos corpos produzida juntamente com os novos bens da sociedade industrial – os mineiros de carvão, o surgimento do lumpenzinato urbano, como podemos ler nos emocionantes romances de Dickens.
Freud, também, fala de corpos em crise diante dos novos conflitos apresentados pela sociedade industrial – os corpos das histéricas que se recusam a funcionar em direção à emancipação da mulher que já dá seus primeiros sinais, os sintomas neurastênicos dos obsessivos, os delírios corporais dos paranóicos, o encolhimento desvitalizado dos fóbicos, diante do enfraquecimento do valor da identidade do cidadão burguês.
Groddeck ,o médico da estação de águas de Carlsbad, inventa uma teoria das doenças psicossomáticas ,tocando nos corpos, ouvindo as pessoas, conversando com suas doenças, buscando criar um dialogo nessa lingua somática, o que, numa perspectiva de hoje, nos permite imaginá-lo trabalhando com o stress dos elegantes frequentadores dos luxuosos spas do fim de século, stress produzido pela nova sociedade industrial que desestabiliza os usos conhecidos do corpo.

3.Auto-regulação e autonomia: um antídoto.
A força do capital, primeiramente pessoalizado na forma das grandes fortunas familiares advindas das novas indústrias, à medida que o século 20 avança , se torna cada vez mais impessoal, gerando, cada vez mais, o movimento incontrolável do mercado e da economia, que por sua vez gera uma maior concentração de riqueza e, ao mesmo tempo, uma maior quantidade de pobreza .
O homem ocidental parece estar à mercê das forças do capitalismo, assim como o homem primitivo estava à mercê das forças da natureza e o homem oriental, do absolutismo de seus governantes.
As idéias biológicas de auto-regulação e autonomia, com seus correlatos políticos e psicológicos que aí começam a germinar, se apresentam, então, como uma necessidade absoluta para a sobrevivência, no Ocidente, considerando-se Ocidente, a Europa, pelo menos até o fim da Primeira Guerra.
A multiplicação, que aí se inicia ,de técnicas corporais – e que na verdade não são apenas técnicas – diz respeito às diferentes perspectivas de ver esse corpo necessitando se regular a si mesmo e aos diferentes métodos para que isso possa ocorrer.
As práticas budistas que consideram o corpo como parte das forças da natureza e do cosmos , somadas à experiência da vida corporal dos grupos políticos de jovens nos anos 20, bolcheviques, socialistas, sionistas, anarquistas, em seu contato com a natureza, suas formas de socialização, de sexo, de amor, de ideais de luta, contaram muito no modelo de saúde e naturalidade corporal que prossegue se formando daí em diante.
É aí que vamos encontrar Reich, inicialmente na sua divergência com Freud, e, a seguir, Reich com seus seguidores, primeiramente na Alemanha, a seguir na Escandinávia e, por fim, na América.

4.Uma nova cultura vai ganhando consistência:
Dos anos 20 ao final da Segunda Guerra, portanto, em menos de duas décadas, um grande número de figuras contribuiu para a formação dessa nova cultura : W.Reich, Schultz, Laban, Mathias Alexander, Ola Raknes, Ida Rolf, Gerda Alexander, Moshe Feldenkrais e outros tantos que não me ocorrem agora.
Rompendo os limites da vida universitária e hospitalar – lugares das aristocracias do saber – as pesquisas individuais, ou em grupos independentes, foram fundamentais para o desenvolvimento da formulação de teorias e práticas corporais psicoterapêuticas, terapeuticas, pedagógicas, artísticas, políticas ,baseadas nas visões da biologia, da antropologia, da psicologia, da psicanálise, da fisioterapia, dos budismos, das iogas, das artes marciais, dos esoterismos das sociedades secretas, das práticas da medicina naturalista, da pedagogia goetheana,e, até,talvez ,dos hassidismos.
Um grande caldeirão transdisciplinar e transcultural.
Algo que se apresenta como um novo humanismo.

5. O polo produtor dessa cultura se muda para a América:
A promessa da democracia atrai para a América, durante e no final da Segunda Guerra, entre uma infinidade de refugiados da Europa e da Ásia, a imigração massiva desses novos humanistas europeus.
No ambiente das tradições americanas do pragmatismo, da psicanálise do ego, do valor do corpo, da vida na natureza ,e, por que não dizer, do conhecimento através da iluminação inerente ao fundamentalismo evangélico americano, mas, principalmente, da enorme prosperidade e otimismo do pós-guerra, floresce o Movimento do Potencial Humano.
Viceja, agregando e potencializando a nova mistura que inclui um imenso leque de práticas e técnicas de si :as comunidades terapêuticas, os workshops, a Bioenergética (primeiro fruto americano do reichismo) ,os grupos de encontro, a Gestalt, todos os métodos de integração de corpo e mente trazidos pelos humanistas imigrados, as práticas budistas, as meditações e as artes marciais trazidas pelos monges asiáticos.

Medicinas alternativas, terapias alternativas, educação alternativa, sociedade alternativa já não são mais, hoje, um bom nome para essas práticas.
Mas, na época, era como se qualificavam ,quando, após os grandes confrontos políticos dos anos 60, tentavam se estabelecer lado à lado com a cultura dominante, juntamente, com outra moda, outra música, outra arte, outras práticas sociais .
Era todo um outro uso do corpo, para exorcizar os velhos modos hipócritas e tirânicos de se relacionar, trabalhar, viver o sexo, conceber a família, o dinheiro, a educação, a loucura, a política, o poder.
Era a contra-cultura.

6. Num sentido ou no outro, americaniza-se o mundo.
É a americanização do mundo.
Pela cultura do consumo ou pela contra-cultura.
Essa nova cultura se re-exporta para a Europa, onde se reencontra com as sementes deixadas por Reich que já estão dando seus frutos, em forma das várias escolas de psicoterapia corporal.
E prolifera, rapidamente, nos novos grupos e novos centros de crescimento pessoal.
Nos anos 70, na Europa e nos Estados Unidos, tornam-se amplamente conhecidas as psicoterapias corporais de raiz reichiana, multiplicam-se as práticas e os métodos corporais, seja de exercícios, seja de manipulações.
Pessoas, fervorosamente, desejam mudar, mudando seus corpos.
Participam de grupos, fazem terapia, desejam se tornar terapeutas.

7. E o Brasil, como entrou nessa dança?
No final dos anos 60, a Tropicália expressava a necessidade absoluta para nós, de espanar o pó autoritário da nossa tradição agrária, positivista, católica e militar : refazer os corpos e abrir-se para o mundo.
Gaiarsa , leitor e pesquisador de Reich, em 66 – no day after da pílula anti-concepcional – é o primeiro a levantar a bandeira do corpo entre nós com sua pesquisa para a Revista Realidade – A juventude diante do sexo.
Com o sufoco da ditadura, brasileiros viajam e se encontram, sobretudo em Londres, com essa cultura dita alternativa ,nos inícios dos anos 70.
Já em 75, funda-se, em São Paulo, um curso de psicoterapia corporal no Instituto Sedes Sapientiae, primeiro pólo receptor dessa cultura no Brasil.
E, já, nos anos 80, no eixo Rio-SP ,assistimos a vários grupos organizando formações de profissionais em torno de alguns nomes internacionais do campo corporalista.
O Ágora Centro de Estudos Neo-Reichianos,em SP, por exemplo, durante 18 anos, ensinou as diferentes linhas de psicoterapia corporal para um grande número de pessoas, profissionais e não profissionais da saúde.
No final dos anos 80, muitos Centros já estavam organizados no Brasil transmitindo conhecimento reichiano como é o caso da Vegetoterapia, neo-reichiano como é o caso da Bioenergética e não-reichiano como é o caso da Educação Somática Existencial que se constitui, no inicio dos anos 90, como um pensamento corporalista baseado principalmente no pensamento neo-darwinista, não-psicanalítico, não-reichiano de Stanley Keleman.

8. Uma década na barriga da psicanálise.
O modo como essas idéias e práticas corporalistas começaram a fazer sentido no Brasil, por volta de 75, ocorreu de maneira muito peculiar.
Sem dúvida, mais do que na Europa ou nos Estados Unidos,elas vinham se juntar às forças da esquerda que lutavam para se opor a enorme onda do capitalismo que se mundializava através de ditaduras como as que sufocavam e dizimavam todas as manifestações culturais e políticas na América Latina, particularmente no Brasil e na Argentina.
Todos sabem o quanto a Psicanálise, uma certa psicanálise militante dissidente da IPA ,no Brasil e na Argentina – países de grande desenvolvimento nesse campo – foi importante nessa resistência.
Portanto, nada mais natural, que certos divãs generosos como o de Regina Chnaiderman, e outros, acolhessem e gestassem o movimento corporalista recém concebido no Brasil.
Todos sabem também que, por essa afinidade com a psicanálise, o reichismo que mais ressonância encontrou entre nós foi o da Analise do Caráter – um avanço no campo da psicanálise nos anos 30 – na interpretação americana de Alexander Lowen nos anos 50.
Portanto, o grande esforço do campo corporalista brasileiro dos anos 70 foi tentar a construção de uma base psicanalítica para sua prática – encontrar lugar para a 2o tópica(id,ego e superego), para noções de inconsciente, para noções de transferência – enquanto o corpo em sua pujança e maravilha permanecia intocado teoricamente.
Não fosse o impacto das seguidas visitas de Felix Guattari ao Brasil a partir de 79 talvez ainda estivéssemos às voltas nessa luta inglória com a tradição psicanalítica. Ambos, a partir desse impacto, corporalistas e psicanalistas, e muitos outros campos, puderam validar a singularidade de suas práticas e seus agenciamentos teóricos, tendo em vista uma operatividade dos conceitos face a especificidade dos problemas que se apresentem.

9. Uma resposta para o capitalismo industrial,outra resposta para o capitalismo global:
Vemos então, como o pensamento da Análise do Caráter/Função do orgasmo atende aos problemas das formas de subjetivação produzidas pelo capitalismo em seu estado industrial: captura da energia sexual pelas forças produtivas da industria baseada na adaptação ao modelo da familia patriarcal – o nome do pai. Para esse modelo reichiano psicanalítico, o orgasmo se identifica com a revolução,o caráter genital com a liberdade e a potência buscada é a potência orgástica.A referência de modelo de constituição do sujeito psíquico ainda é a 2o tópica e os três ensaios da sexualidade, e o corpo,em sua economia libidinal, oscilaria entre carga e descarga, funcionamento simpático e parassimpático,correspondendo o caráter a formações relativas aos estágios de desenvolvimento psicossexual e a totalidade do funcionamento do sistema em contato com outro sistema, gerando o reflexo orgástico.
Entretanto, o capitalismo industrial , no pós-68, rompe as fronteiras nacionais passando a operar segundo o modelo do capitalismo mundial integrado , na expressão cunhada por Guattari.O romance familiar passa a ser uma pequena parte do romance histórico mundial.
Então, a partir de 79, começo ver com Guattari, e muito com a ajuda de Suely Rolnik, uma realidade a que ele chama capitalismo mundial integrado e seus efeitos na subjetividade .E começo a perceber que essa idéia de corpo e sujeito do mundo corporalista-de-base-psicanalítica não me permitem operar conceitos como desejo produtivo, campo de imanência, ver os vinculos e o self em continuo processo construção/desconstrução, compreender o que são rizomas e agenciamentos – toda uma visão de um infinito campo molecular dobrando-se, agencianado-se, ligando-se, gerando diferenças e singularidades.
Descubro a noção de auto-poiese em Varella.
E finalmente redescubro Stanley Keleman que com sua noção de processo formativo, com suas mil distinções sobre o processo de produção de corpo, cabe exatamente no lugar de Varella, maravilhosamente acompanhando-se de seu método de corpar, que mais parece um Spinoza contemporâneo, vital e prático , dentro de sua tradição pragmática americana tão admirada por Guattari.

10.Um agenciamento teórico e pragmático
A Educação Somática Existencial que passo a conceber a partir de 85, imersa na experiência de co-dirigir e ensinar no extinto Agora, com as primeiras leituras de Keleman passa a ser uma busca incessante de articular seu pensamento formativo com a Esquizoanálise de Deleuze e Guattari e mais adiante com contribuições da Neurociência de autores como Gerald Edelman, e simultaneamente com elementos da visão de desenvolvimento e vínculo de autores como Daniel Stern e John Bowlby.

Essas ferramentas, cuidadosa e continuamente forjadas permitem uma coerencia com uma visão da realidade enquanto produção, um continuo processo de existencialização, e não como um dado.
Com a ajuda desses autores, torna-se possível visualizar um processo biológico e social ocorrendo o tempo todo dentro de nós e fora de nós, os seres humanos como um processo formativo vivo, a existência como um continuum de formas somáticas no devir, os modos de subjetivação como continuamente sendo produzidos no coletivo segundo jogos de força e a subjetividade como emergindo na interação dinâmica entre essas formas e sua pessoalização.

Essa visão formativa , juntamente com a compreensão das distorções das formas somáticas e vinculares, instrumentalizada pelo método kelemaniano do corpar e o método esquizoanalítico do cartografar, nos permite trabalhar sobre o sofrimento e as fragilidades que afetam a potência formativa em nós.
Potência formativa diferentemente da potência orgástica inerente ao modelo reichiano define-se como a capacidade de organizar/encarnar experiência a partir dos encontros presentes com pessoas e situações, alinhando-se para prosseguir, sempre poroso à continuidade do processo formativo.
O corpo,passa ser visto enquanto organismo, como um processo auto-generativo, auto-organizativo e auto regulado que capta e produz experiência sensorial, isto é,organiza suas respostas a partir de si mesmo para saber como se comportar e prosseguir formando. E no mesmo ato de gerar corpo, gera-se ambiente , não existe um sem o outro.
Um corpo em particular passa a ser visto como contínuum que vai da evolução da vida na biosfera aos seus processos embriogenéticos próprios, à contínua corporificação de sua experiência dos acontecimentos no mundo, mais a maturação pré-programada do corpo animal ao longo de uma vida.
O corpo, particularmente o humano, passa a ser visto como uma realidade que se constrói juntamente com a experiência, se valendo das sua estrutura embriogenética (neural, muscular e visceral) e não dos órgãos em particular.
Podemos então nos ver como muitos corpos e cada corpo é um ambiente articulado a outros ambientes, formando ecologias e tendo como cola os modos de vinculação próprios do estágio maturacional daquele corpo.
Os acontecimentos , por sua vez, são vistos como produzindo excitação biológica em nós, portanto os corpos, formas, comportamentos passam a ser vistos como solidificações de ondas excitatórias segundo suas regras fisiológicas..
Acontecimentos são vistos como conjunturas de fluxos de todo tipo: físicos, biológico, históricos, econômicos, familiares, de classe, da mídia, dos poderes, do mercado, de grupos, da tecnologia, da moda, etc.etc.Os acontecimentos nunca são percebidos em si mesmos mas são recortados por um estado de forma individual contemporâneo a eles.
O que a Educação Somática Existencial quer dizer, jutamente com Keleman, é que somos todos participantes da continuidade desse processo mórfico de existencialização corporal, onde o processo seletivo da evolução prossegue no dia a dia de nossas vidas, num processo de invenção de futuros.

11.Como age o terapeuta/educador somático existencial:

– exerce seu olhar/presença para as necessidades formativas dos grupos e pessoas
– enxerga as tendências e funções das diferentes formas somáticas.
– organiza somaticamente sua própria resposta somática e cognitiva ao acontecimento;
– transmite a linguagem somático-emocional através das moldagens de sua fala e presença somática;
– ensina a problematizar experiencialmente a função existencial das formas corporais;
– facilita a experiência e o manejo das camadas somático-emocionais com que construímos nossos diferentes corpos nos diferentes mundos de que somos parte;
– promove a sustentação das intensidades emocionais e suas moldagens em diferentes modos de ligação e ação;
– age considerando que todos, coordenador e membros, estão imersos num campo corpante (bodying field);
– sustenta uma ecologia vincular propícia ao trabalho formativo;
– trabalha de modo minimalista de maneira a poder trazer o invisível para o visível;
– navega na linha narrativa da experiência produzida dentro das diferentes ecologias vinculares.

A primeira pessoa a acreditar e se entusiasmar com essa viagem foi Ana Lucia Rocha, em 90, que passa gradativamente de passageira, a marinheira, a mestre e hoje, co-comandante.
Em 92, embarcam Mathilda Yakhni e Rogério Sawaya , mais dois pesquisadores de inputs para a construção da cartografia da viagem.
Aos poucos, gente foi embarcando, virando aprendizes, colaboradores etc. Já somos bem uns 50 .Até mais.
E cá estamos nós,hoje, o grupelho, para usar a expressão de Guattari que sempre me encantou, atraindo tanta gente para estar conosco- amigos, conhecidos e ainda por conhecer – ouvir nosso trabalho e de nossos amigos que aqui se apresentam. E festejar alguma coisa que começa a se desdobrar.

Educação Somática Existencial
Deslizar arriba